Biofixação de carbono de emissões em usinas de cimento através de cultivo de microalgas e cianobactérias
As industrias produtoras de cimento emitem consideravel volume de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo de modo significativo com problemas relativos ao aquecimento global. A necessidade de mitigacao desses gases por parte dessas empresas é iminente, principalmente no que se relaciona à legislação do estado de SP, que preve redução das emissões em futuro próximo. Pretende-se, atraves desta proposta efetuar a biofixacao de CO2 utilizando para isso microalgas, que serão cultivadas em fotobiorreatores. Sabe-se que o aumento da concentração de CO2 e outros gases do efeito estufa na atmosfera tem como conseqüência alterações climáticas de grande intensidade, observadas freqüentemente nos dias atuais. O desenvolvimento de estratégias de mitigação de gases do efeito estufa, com destaque ao CO2 vem contribuir para a geração de mecanismos de desenvolvimento limpo. Dados da literatura sugerem que as stratégias biológicas são importantes na mitigação do CO2 e poderiam contrabalançar de 10 a 20% das emissões por combustíveis fósseis até o ano 2050. Microalgas fotossintetizantes efetuam, naturalmente, o sequestro do CO2 e, dado ao rápido crescimento que apresentam, são consideradas organismos promissores para tal finalidade. Esta pesquisa propõe o uso de microalgas para o seqüestro de CO2 atmosférico, que se fundamenta no processo fotossintético. Em uma primeira instancia, o projeto sera desenvolvido em escala de bancada (laboratorial) e numa segunda, em escala ampliada (200 L). Pretende-se produzir biomassa algal usando-se uma composicao de gases similar à emitida pela empresa, portanto gás contaminado. Serão realizados testes laboratoriais para avaliar, ainda, a composicao bioquimica da biomassa em situação ideal de crescimento e na presença dos gases tóxicos, SOx e NOx. O projeto está conectado a outras instituicoes de pesquisa e empresas que, em conjunto teem o objetivo comum de fixacao de carbono.